domingo, 11 de fevereiro de 2018

Quando a coisa aperta fico repetindo, mentalmente ou em voz alta, que está tudo bem, está tudo bem, está tudo bem.


Ainda não sei ao certo se isso funciona, mas proporciona alguma segurança. Nós sabemos que a mente é poderosa, bem como nossos pensamentos. Por falar neles, inúmeras vezes os danados nos pregam peças. Surgem na calada da noite e perturbam o sono, aparecem sem convite e vão entrando, invadindo a alma, o coração e desestruturando nossos sentimentos. Na vida, todo mundo quer ter o controle remoto para mudar o canal quando a programação está ruim, chata ou tensa. O problema é que não temos o controle de nada, nada mesmo. É inútil tentar dominar o amanhã, já que o coitado ainda nem chegou. Não existe hora marcada, as coisas mudam a cada segundo.

O meu maior sofrimento é não aceitar as coisas como elas são. Tudo é interrogação, mas eu insisto em querer uma garantia. Sei que apenas uma pequena parte depende de mim. Espera aí, será que é mesmo tão pequena assim? Se nós colhemos o que plantamos, uma parte imensa depende de mim (concorda?). São os actos de hoje que vão proporcionar um resultado positivo ou negativo amanhã ou depois. Por isso, procuro fazer o que posso. Mas tenho consciência que o que posso nem sempre é o melhor. E aí entro novamente num duelo sem fim comigo mesma: como assim não faço o melhor? Como assim não dou o que há de mais especial e incrível em mim? Quer saber? Não sei se me acho tão incrivelmente especial assim. Não aceito meus defeitos, duvido de algumas qualidades, volta e meia tropeço na minha auto estima que fica por aí, jogada em algum canto. Ela sofre, coitada. Sofre de abandono, é uma carente de afecto e colo. Acho que sou meio malvada com ela.

A verdade é que a auto estima não é minha best friend forever. Muitas vezes esqueço de convidá-la para eventos especiais, nem sempre a recebo com toda a atenção e delicadeza que ela merece. Erro feio com a coitada, que merecia tapete vermelho, espumante da melhor qualidade e uma massagem relaxante nos pés. Prometo tentar melhorar nesse ponto. E em vários outros, afinal, perfeição é uma palavra linda, mas só existe no dicionário.

Clarissa Corrêa

2 comentários:

Andreia Morais disse...

A mensagem deste texto é tão pertinente!

chica disse...

Linda mensagem e o positivismo sempre ajuda nas situações de apertos...beijos, linda semana! chica